Parte 3 de 3
A empresa GEP, responsável pelas
marcas de grife Luigi Bertolli, Cori e Emme, terá de pagar R$1,1 milhão em
processos, após o MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) flagrar trabalhadores
em condições escravas dentro de um de suas fornecedoras.
As fiscalizações do MTE e MPT
encontraram as irregularidades no dia 19 de março de 2013. Ao todo, foram
encontrados 29 costureiros bolivianos trabalhando em condições ilegais na zona
leste de São Paulo, no bairro Belenzinho.
Os costureiros bolivianos
trabalhavam e moravam na oficina clandestina. Eles permaneciam lá das 7h as
18h, de segunda a sexta-feira, e aos sábados os próprios funcionários se
organizavam e realizavam a limpeza e manutenção do local. Os costureiros
ganhavam de R$4 a R$5 por cada peça costurada.
Durante a inspeção, todos eles
continuaram costurado, mesmo com a presença de fiscais. Quando perguntado um
deles disse “Quanto mais peças costuramos, mais dinheiro ganhamos, então
preferimos não parar” . Eles só pararam quando as máquinas foram lacradas e a
produção oficialmente interrompida.
A empresa GEP disse em nota que repudia com veemência todo e quais quer trabalho irregular e se comprometeu a reforçar a fiscalização de suas fornecedoras e garantir que seja encontrada uma solução garantindo o respeito à dignidade dos trabalhadores e coibindo novas ocorrências.
O valor pago será revertido em
instituições que atuam na erradicação do trabalho escravo.
Referência:
Uol Notícias
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