Era uma vez um mundo tão cinza quanto o
céu em um dia nublado, tão triste quanto o último suspiro de alguém que amamos.
Nesse mundo, os habitantes se perdiam em
suas rotinas, se perdiam em si mesmos e não sabendo se era certo ou errado
apenas continuavam suas vidas. Nem satisfeitos, nem insatisfeitos, nem felizes
ou infelizes, nem bons ou ruins, nem vivos ou mortos. Só continuavam.
Eles não sabiam o que era felicidade, eles
não sabiam o que era amar. Eles simplesmente se esqueceram do que era sentir.
Sentir: uma palavra que não era usada havia gerações... Não se encontrava nem
mais no dicionário.
Nesse Mundo, as guerras eram algo
cotidiano. Mas não se trata de uma guerra com sangue; honra; armas e
conquistas. Tratava-se de guerras entre a loucura e a razão; entre a compaixão
e o egoísmo; entre o fazer e o mandar o outro. Era esse tipo de guerra... Uma
guerra que nunca acabava, porém quem estava em vantagem era sempre a parte que
o ser humano se propícia.
Nesse mundo não havia algo chamado
exatamente de mal. Pelo menos ninguém acreditava nisso. Só existia a natureza
humana. Não havia crença, ou religião. Não havia nem cultura porque era tudo
algo homogêneo, unificado sem divergências de uma pessoa para outra.
Era uma vez um mundo, localizado dentro de
nós. Um lugar que pode estar tão distante ou tão perto, só depende de nossos
atos e escolhas.
Beatriz Lino nº 06
Silvia Beividas nº 26
Vinicius Ferrari nº 30
3 comentários:
Nem tão utópico assim para algumas pessoas :/
Concordo com a Vitória... para alguns é o mundo real, triste e REAL.
Sim, é porque nós não queríamos fazer um mundo utópico no qual as pessoas fossem felizes, e tudo maravilhoso, porque para nós, o nosso dia-a-dia já é assim. Então uma utopia seria um mundo que para nós não existe ... :)
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