A MULHER: Parte 1 de 3.
Ao
falar sobre o papel da mulher no passado, temos em nossa mente uma mulher
submissa e sem direito algum.
Mas se observarmos atentamente veremos que no
começo da Idade Média a mulher era colocada em muitas situações sendo superior
aos homens. Em muitas culturas, a mulher era vista como um ser especialmente
capaz de realizar certos encantamentos e receber favor de Deus. Sob o olhar do
próprio Cristianismo primitivo, vemos que Jesus Cristo valorizava a
participação feminina em importantes eventos e que seu lugar não poderia ser
desconsiderado.
Durante a propagação do Cristianismo, o poder
das mulheres foi combatido por homens que queria igualdade. Segundo eles, no
geral, a suposta superioridade feminina era vista como uma falsidade que ia
contra a ação de Deus.
Na medida em que o celibato (uma pessoa que se
mantém solteira) se tornou uma das exigências mais importantes da Igreja,
notamos que a desvalorização da mulher se põe como estratégia de manutenção a
igreja. Eva, vista como a grande responsável pelo pecado original, é uma das
causas que aproximavam a mulher do pecado segundo a igreja. Do mesmo modo, era
a mulher que pediu a cabeça de São João Batista e que descobriu o segredo de
Sansão e o entregou para a sua humilhante morte.
Já na Baixa Idade Média, vemos que esse processo
de degradação da mulher se transformava com a visão da Virgem Maria como um
meio de renovação. Enfrentando diversos desafios, essa mulher determinava a
constituição de outro olhar sobre o sexo feminino.
Sendo uma época tão extensa, não teríamos
condições próprias de abordar todas as possibilidades de construção da imagem
feminina nesse tempo. Por meio dessa breve consideração, percebemos que as
mulheres assumiram papéis que ultrapassavam os antigos preconceitos ainda
reservados aos tabus medievais. Sem dúvida, as mulheres medievais são muitas,
variadas e dinâmicas, como as manifestações do tempo em que viveram.
Referencia:
Spectrum Gothic
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